quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Adega das Gravatas

A primeira vez que lá entrei foi há mais de trinta anos, pela mão do meu avô. Nessa altura ainda não era o que muitos conhecem hoje mas sim uma simples taberna na verdadeira essência da palavra. As teias de aranha abundavam, os bancos eram feitos de madeira das pipas e muitas vezes os copos e as velhas canecas brancas, de uma verdadeira taberna, continham restos de um cliente anterior…

Na geração do meu pai e dos meus tios era um local de paragem obrigatória depois dos jogos do nosso Sporting. Nessa altura, morávamos na Pontinha e íamos a pé para Alvalade antiga azinhaga de Telheiras, onde só existiam quintas.

As gravatas eram proibidas e quem usava e frequentava o espaço tinha de a oferecer ou corria o risco de a ver cortada e exposta como troféu.

À uns anos atrás o local foi encerrado pela ASAE, que ainda não funcionava como hoje, por falta de condições de higiene sendo perigoso para a saúde pública. Depois disso tudo foi remodelado dando origem ao cenário actual. Não deixem de experimentar, depois das excelentes entradas onde destaco os mexilhões em molho vinagrete, a açorda de marisco, a costeleta de novilho na tábua ou o polvo à lagareiro.

Para quem não conhece, Adega das Gravatas fica localizada no belo bairro típico de Carnide onde o estacionamento não é fácil. Ideal para grupos sendo o preço bastante simpático e nada exagerado face à qualidade e aos espaços semelhantes.

5 comentários:

amantes da corrida disse...

Excelente, uma boa notícia, conheçi esta adega/restaurante à mais de 10 anos, e naquela altura tinha um espaço com matrecos e uma bela sangria, em tempos passei por lá e não encontrei o espaço, nem sabia que tinha sido fechado pela ASAE, mas é ponto assente assim que possa irei lá !

Vamos a Eles disse...

Já reabriu à bastante tempo e agora é uma das referências de Carnide.

Anónimo disse...

Sim é bom e tem umas entradas excelentes...
Lurdes

Vítor Borges disse...

Conheço bem e também gosto muito! Os meus filhos também já vão aprendendo o caminho!!

Não resisto a comentar o que aqui foi recordado, o caminho a pé até Alvalade. O caminho onde todos se encontravam, onde não se via um único prédio dos que hoje formam Telheiras. Do largo da Luz até à Quinta de Sto António era um caminho rural, verde e cheio de Oliveiras.

Saudades dessas tardes...verdes!!

Vamos a Eles disse...

É verdade amigo Vitor.

Ainda me lembro das concentrações na leitaria do Chico, seguida da bela caminhada pela azinhaga.

E eram duas vezes por dia/domingo. De manhã via-se os juniores e/ou juvenis, de tarde os seniores, mais o andebol/basquetebol ou qualquer outro.

Velhos tempos. Que nostalgia...

Abraço

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