Conheci a Charcutaria Francesa numa festa de amigos, onde celebrámos um aniversário e demos as boas vindas a uma amiga que, depois de alguns anos a ganhar a vida fora do país, decidiu regressar às origens.
Não sei se posso dizer que conheci a Charcutaria Francesa, na verdadeira essência da palavra. Tal deve-se ao facto das pessoas que gerem o restaurante possuírem uma segunda localização, apenas para receber grupos de amigos que por ali decidem juntar-se e conviver.
Essa “segunda” casa situa-se na Rua Cecílio Sousa, junto ao Príncipe Real e foi precisamente lá que estive. É uma habitação adaptada para o efeito, possuindo coisas magníficas, que me fizeram lembrar os tempos dos meus avós. Desde a loiça cavalinho, em castanho e verde, da fábrica de Sacavém até outras preciosidades. Obviamente estas preciosidades estão devidamente expostas, não sendo de utilização para os comensais. Para além disso e, como se trata de uma casa de habitação, os quintais das habitações fazem parte daqueles pátios antigos que se formavam nos interiores dos quarteirões. Mas a cereja em cima do bolo ainda não chegou, o quintal possuí um poço antigo, algo raríssimo nos dias de hoje e que me traz inúmeras recordações de infância.
Deixando a nostalgia, a comida é confeccionada à medida, sendo feita na altura e resultando numa confecção de excelência.
Sinceramente não sei responder se as reservas deste espaço são só para amigos, mas, se tiver uma oportunidade de experimentar não hesite. Nem que seja pelas memórias dos nossos entes mais queridos. Afinal, recordar é viver.
Estacionamento? Vá com tempo e boa sorte!
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